Início > Notícias > Lendo
Boletim Analítico monitora dados socioeconômicos do estado do Rio

Publicada em 23/10/2019

Com o objetivo de auxiliar sindicatos e empresários no processo de tomada de decisões baseadas em evidências, ao identificar e acompanhar as condições de vida e demandas da população, o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec) produziu dois documentos: Boletim Analítico Estadual e Painel Sindical Setorial (confira matéria na página 12).

 

O primeiro compreende dados socioeconômicos do estado do Rio de Janeiro que são divulgados trimestralmente utilizando as seguintes fontes de informação: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-C), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado pelo Ministério da Economia.

 

EMPREGO

 

Do início de 2015 até meados de 2017, tanto no Brasil quanto no estado do Rio, é notória a depreciação do emprego. Entre outras variáveis que expressam a crise laboral, a taxa de desemprego cresce de forma significativa nesse período, ocorrendo de forma muito mais acelerada no estado do Rio de Janeiro. A partir do segundo trimestre de 2016, a taxa média fluminense ultrapassa a nacional.

 

Segundo dados da Pnad-C, o segundo trimestre de 2019 apresentou modesta recuperação em relação aos níveis de emprego. Ainda assim, os números são expressivos: 12,7 milhões de pessoas desempregadas no Brasil, e cerca de 1,3 milhão, no estado do Rio. A taxa de desemprego do Brasil é de 12,0%, enquanto no estado do Rio, 15,1%. No primeiro trimestre do ano, as taxas eram 12,7% e 15,3%, respectivamente. No período analisado, essa evolução foi mais intensa no interior do estado. Contudo, nos últimos dois anos o interior mostrou fôlego na recuperação e, no último trimestre, a sua taxa de desemprego é inferior à da RMRJ: 14,4% contra 15,4%.

 

Vale também ressaltar que o desemprego tem um forte viés juvenil. No segundo trimestre deste ano, a taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos, do estado do Rio, alcançou 35,6%, ligeiramente inferior ao verificado no primeiro trimestre. Entre os adolescentes de 14 a 17 anos, que podem trabalhar sob condição específica de Jovem Aprendiz, os números são ainda mais alarmantes: no Brasil, 42,2% deles estão à procura de emprego. Já entre os fluminenses desta faixa etária, a taxa de desemprego é 57,6%.

 

SALDO DE ADMISSÕES E DEMISSÕES

 

O saldo de admissões e desligamentos de trabalhadores sob o regime CLT, calculado a partir dos dados do CAGED, também é outro indicador que aponta a deterioração do emprego. No segundo trimestre de 2019, o estado do Rio passa a apresentar saldo de admissões e demissões positivo, o que indica a criação de novos postos de trabalho (3.761). É importante observar que esta recuperação foi particularmente puxada pelo número de admissões no interior. Em relação aos setores de atividades, serviços apresentou bom desempenho com criação de 3 mil postos de trabalho.

 

Por outro lado, o setor de comércio foi o que apresentou pior saldo e ainda merece atenção: considerando o saldo total fluminense, foi o único setor que apresentou mais desligamentos que admissões (-2.423). Todos os demais setores apresentam saldos positivos - embora em patamares inferiores ao mesmo período de 2018.

 

INFORMALIDADE

 

A informalidade é uma porta de saída para o desemprego e, não coincidentemente, a partir de 2015 cresceu de forma bem acelerada no estado do Rio. No segundo trimestre de 2019, os dados da Pnad-C apontam que 42,5% dos ocupados no Brasil trabalhavam informalmente, ou seja, por conta própria ou sem carteira de trabalho assinada.

 

No segundo trimestre de 2019, houve ligeira queda do número de trabalhadores informais no estado do Rio, mas ainda com valores significativos: 38,9% dos ocupados trabalham informalmente. No estado, há cerca de 2,5 milhões de ocupados informais. Destes, 60% são trabalhadores por conta própria. Pode-se dizer que o crescimento da informalidade fluminense se deveu muito mais ao crescimento de trabalhadores por conta própria do que do contingente de empregados sem carteira assinada.

 

Comparando os segundos trimestres de 2012 e 2019, revela-se que o número de trabalhadores por conta própria cresceu 40%, ao passo que o contingente de empregados sem carteira assinada, pelo contrário, diminuiu (-3%). Com o fim das Olimpíadas Rio 2016, a partir do terceiro trimestre daquele ano, o percentual de conta própria no total de ocupados do estado ultrapassa a média nacional. Os últimos dados divulgados indicam que 27,5% dos ocupados no ERJ trabalham por conta própria: 27,8% na RMRJ e 26,5%, no interior. No Brasil, os trabalhadores por conta própria correspondem a 25,9% dos ocupados.

 

Os trabalhadores por conta própria concentram-se nos setores de comércio e serviços. Ambos os setores abrangem 59,8% dos conta própria no Brasil. No estado do Rio, a proporção é ainda maior: 70,5% dos trabalhadores por conta própria se encontram nestes setores.

 

Painel Sindical Setorial apresenta perfil do emprego em Barra Mansa

 

O último Painel Sindical Setorial produzido pelo IFec (Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises), referente aos meses de maio, junho e julho, apontou que a média salarial no mês de julho, no município de Barra Mansa, foi de R$ 1.394,34.

 

Entre os admitidos neste período, 53,62% são do sexo masculino e 46,38% feminino. A maior ocupação está na faixa etária entre 1 e 24 anos (312 pessoas), seguido de 30 a 39 anos (230 pessoas) e 25 a 29 anos (162 pessoas).

 

Em relação ao nível de escolaridade, 70,20% dos admitidos têm o Ensino Médico Completo.

 

Na visão por atividade econômica, o documento aponta os dez melhores saldos de emprego, de janeiro até o último mês captado, nos últimos 5 anos, tendo como fonte o CAGED RJ. São eles:

 

1 – Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – supermercados (235)

2 – Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores (27)

3 – Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios – minimercados, mercearias e armazéns (14)

4 – Comércio varejista de produtos farmacêuticos, com manipulação de fórmulas (11)

5 – Comércio varejista de materiais hidráulicos (9)

6 – Comércio a varejo de automóveis, camionetas e utilitários usados (7)

7 – Comércio a varejo de pneumáticos e câmaras-de-ar (4)

8 – Comércio varejista de artigos médicos e ortopédicos (3)

9 – Comércio varejista de ferragens e ferramentas (3)

10 – Comércio varejista de livros (3)

Leia também

Sicomércio Barra Mansa
(24) 3323 2790

Sind. Com. Varejista de Barra Mansa, Quatis e Rio Claro
Rua José Maria da Cruz, 55 - SL 204
Centro - Barra Mansa - RJ - CEP27330-280